No início dos anos 2000 todos fãs da Nintendo estavam na expectativa do sucessor de Super Mario 64 do Nintendo 64. Em 2002 a Big “N” não decepcionou com o novo jogo do encanador mais querido dos gamers.
Nos anos 2000, a guerra dos consoles estavam no seu auge e as empresas disputando a cada lançamento o coração e a preferência dos gamers. Numa disputa perdida contra seu maior concorrente, a Sony e seu Playstation 2, a Nintendo vinha de uma amarga derrota na geração passada com seu Nintendo 64.
Dessa forma a única forma de inovar e voltar a ganhar espaço seria inovar mais uma vez no mercado de jogos em 3D (softwares).
Com uma bela cartada e a tecnologia da época, a Nintendo investiu num conceito conhecido como Pixel Shader e seus efeitos visuais magníficos. Super Mario Sunshine foi lançado em 2002 e teve destaque nos efeitos de água, fogo e o desfoque de distância (efeitos vistos até então nos PCs). Foi lançado então mais um sucesso do encanador mais querido dos gamers.
FINALMENTE MARIO BROS BRILHA NO CUBE
Passado alguns anos, muitos fãs ansiosos gritavam em todo canto “…finalmente, depois de uma longa espera, um novo Super Mario apareceu no GameCube”.
Até então, a Nintendo cuidou de tudo para que a estréia de seu maior personagem no aparelho fosse memorável, diferente de tudo o que já se viu, mas mantendo as características que consagraram o encanador como a mais importante figura a surgir no mundo dos games.
Foi a estreia da franquia no novo equipamento e como de praxe, era praticamente obrigação que esse título fosse um sucesso. O resultado foi bem positivo.
Seguindo os passos de Super Mario 64, que foi um dos títulos de sucesso do console anterior, o novo game está totalmente em 3D e a liberdade sentida pelo jogador é imensa.
Pelo menos até aquele momento, pensava-se que a sensação de profundidade em um sistema de jogos eletrônicos havia sido experimentada ao máximo, só que Super Mario Sunshine mostra com clareza que muito mais é possível.
A liberdade do jogador em torno do herói também é um dos destaques e, muitos movimentos diferentes durante o prosseguimento do jogo, em sua maior parte inovadores.
Graficamente aperfeiçoado, traz paisagens imensas, detalhadas, coloridas, e uma trilha sonora incrível. Algo a se destacar são os efeitos de luz em tempo real e os reflexos são um fator espantoso que já havia sido demonstrado em Luigi´s Mansion.
FÉRIAS DO BARULHO
Para não ficar para trás nos quesitos de trama e objetivos, muita coisa o faz diferente, e com isso foi cercado de lendas desde seu pronunciamento.
Muito se comentava sobre o dispositivo que Mario carrega nas costas, com gente especulando diversos absurdos.
A aventura começa a partir de uma traquinagem daquelas, quando Mario e Peach decidem, depois de assistir a um comercial, passar umas merecidas férias em uma ilha tropical. Lá, nunca escurece e o povo é muito hospitaleiro.
O problema é que alguém está pichando a ilha, deixando um “M” (de Mario) nas paredes do lugar e sujando a reputação do famoso herói.
Inclusive, durante a propaganda na TV, pode-se ver uma silhueta da inconveniente figura que está fazendo isso pulando entre os cenários da ilha. Quem será? Bowser? Wario?
Nessa aventura Mario tem que limpar toda a ilha com a ajuda do Jetpack FLUDD – Flash Liquidizer Ultra Dousing Devicee consegue surpreender todos gamers com novas possibilidades e uma jogabilidade tão bacana que até hoje pode ser considerada uma das melhores.
O Jetpack ajuda para saltar obstáculos e confundir inimigos, já que a pressão dos jatos d´água pode ser direcionada a fim de auxiliar Mario em sua aventura. Entretanto, a reserva de água deste dispositivo não é infinita, há um medidor que calcula o gasto. Toda vez que se esvazia, Mario deve mergulhar em uma fonte ou riacho para abastecer.
O SUCESSO REPETE A SENSAÇÃO DE SE JOGAR SUPER MARIO WORLD NO SNES
Juntamente com a Zelda Ocarina of Time, Super Mario Sunshine foi o lançamento do ano para a Nintendo, com o qual fez o GameCube decolar de vez.
A fim de justificar a intenção de ser porta-voz de um mercado onde a ausência de violência ainda é bem-vinda, a empresa se superou, causando efeito semelhante àquele de quando lançou Super Mario World para o Super Nintendo.
Ao contrário deste (que tem seus méritos indiscutíveis), as possibilidades de Mario são muito maiores agora.
Pendurar-se em coqueiros, pular entre paredes, caminhar por cordas bambas, escorregar de peito no chão e aplicar um providencial golpe com o traseiro são alguns dos movimentos disponíveis.
Interagindo com o cenário como jamais o fez em toda sua carreira, Mario consegue pegar caixas e barris, aplicar uns bons chutes onde bem quiser e aprontar muito mais do que qualquer fã tenha imaginado um dia.
OS CHEFES DE FASE SÃO OS MAIS CRIATIVOS, COMO NÃO SE VIA HÁ MUITO TEMPO
Foi-se a época em que ficávamos encantados com os tradicionais chefes de fase dos games. Eles parecem ter morrido nos anos oitenta, porque pouco representam nos títulos atuais, que ficam devendo novidades e divertimento em ultrapassá-los.
Mas, ainda bem que existem jogos como Castlevania: Harmony of Dissonance, SkyGunner e, óbvio, Super Mario Sunshine, para nos fazer sentir a mesma emoção ao desafiá-los e esses não são fáceis.
Um ganho observado prontamente, são as animações desses seres, que ganharam um ritmo alucinado no GameCube. O primeiro, por exemplo, uma lula gigante, consegue deixar qualquer pessoa que goste de games boquiaberta.
Além de ter que derrotá-los, a estratégia adotada para cada um precisa mudar constantemente. Este, em particular, despeja um liquido escuro ao seu redor, fazendo Mario mirar em seus olhos e disparar fortes jatos de água que produzem efeitos engraçados no monstro.
Primeiro é preciso cuidar dos tentáculos, depois, acredite, arrancar uma rolha que está entalada em sua boca. Claro que para tudo isso é preciso dominar o Fludd e criar sua estratégia.
DETALHES E EXPRESSÕES QUE FALAM POR MAIS DE MIL PALAVRAS
De acordo com os momentos enfrentados por Mario, seu semblante mudará muito no decorrer da jornada. Confusão, alegria, medo, tudo fica mais detalhado com as texturas utilizadas em Super Mario Sunshine.
Às vezes, o mundo criado para essa aventura parece feito com massa de modelar, em outras, uma animação das melhores. Independente da distância de objetos e personagens, os mínimos detalhes podem ser observados, estando visíveis em meio à beleza das paisagens.
Os jatos de água saídos do tanque que Mario carrega pegam os inimigos desprevenidos, parecendo que realmente o liquido está atingindo-os nas faces.
O grau de realismo é tão intenso, que o encanador deixa pegadas, a grama por onde pisa fica amassada e por aí vai. A sujeira que fica grudada em seu corpo conforme anda pela ilha poluída pode ser desfeita com um bom banho, e a imundície se vai de maneira muito convincente, desgrudando do corpo arredondado do moço.
A TURMA TODA ESTÁ PRESENTE NA AVENTURA
Mario pode montar o simpático Yoshi (o que não se via desde Super Mario World) e interagir com outros personagens famosos, como Toad e a Princesa. Montado em Yoshi, as possibilidades serão ainda maiores do que na época de seu surgimento no SNES.
Mas não foram apenas amigos que voltaram, os inimigos também têm sua vez, como as plantas carnívoras.
As moedas continuam sendo o recurso da vez para se conseguir vidas, ou seja, o jogo consegue equilibrar novidades com o tradicional do mundo de Mario Bros. Na avaliação da Famitsu da época, ganhou a medalha de platina, muito merecida. Só não ganhou a nota máxima por um dos quatro avaliadores considerá-lo muito parecido com Super Mario 64.
CONCLUSÃO
Quando ligar seu Game Cube com Super Mario Sunshine, e se você é uma pessoa que acompanhou a evolução do NES (Nintendinho) para o SNES, provavelmente sentirá o mesmo quando jogou Super Mario World pela primeira vez.
A evolução é grande, desde os gráfcos, as cores e a noção de profundidade são inacreditáveis e o estilo Mario Bros continua apaixonando quem curte jogos não violentos. Considero esse um dos melhores games da franquia e que merece uma versão HD para o novo Nintendo Switch com certeza.