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Suikoden III um dos melhores RPGs do PS2

Suikoden III é um jogo de RPG desenvolvido pela Konami, para o console da Sony PlayStation 2 lançado no fim de 2002 no Japão e logo depois nos EUA.  Como os outros jogos da série, dispõe de um ambiente cheio de detalhes e muitos personagens sendo considerado um RPG de longa duração.

Segundo a lenda chinesa, Suikoden fala sobre um grupo formado por heróis e deuses, 108 guerreiros no total, os quais ficaram conhecidos como “bandidos” por algum motivo. Segundo a lenda, esses 108 guerreiros, conhecidos como as “108 estrelas do destino”, foram responsáveis por libertar a China de um governo corrupto e dar-lhe, então, um novo rumo.

Essa lenda é a base de todos os jogos Suikoden da Konami preservando o número de personagens e a guerra no seu contexto.

A KONAMI ATENDEU SEUS FÃS

O terceiro capítulo da saga de RPG da Konami, Suikoden III, foi lançado em 2002 e escolheu o PlayStation 2 como sua nova morada. O que tornou esse jogo especial para o PS2 foram as grandes diferenças deste para o versão anterior, a começar pela melhoria dos recursos gráficos, mudanças no sistema de batalhas e outras novidades que agradou os fãs da franquia.


Uma das aberturas mais belas já mostradas no Playstation 2

Mesmo assim, todos aqueles que não tiveram a chance de jogar o anterior não terão qualquer problema, pois Suikoden III não obriga que o jogador tenha conhecimento sobre os fatos que ocorreram na última etapa.
Conforme adiantou o próprio produtor da série, Yoshitaka Murayama, a história desta obra da Konami pode ser compreendida por completo sem a necessidade de saber os eventos abordados na segunda parte.


NOVOS PERSONAGENS PARA UM NOVO CONCEITO

O enredo se passa por volta de 16 anos depois da última história (Suikoden II) e nos traz três heróis, ou seja, podemos ver a história por 3 pontos de vista, (Hugo, Chris e Geddoe), permitindo que eventos sejam vistos de vários lados. Temos então três facções lutando em Suikoden III, cada um com suas próprias divisões e política. Hugo, do clã ‘Karaya’, é um Grasslander, Chris Lightfellow é uma cavaleira da nação comerciante de Zexen, e Geddoe um membro da força de defesa de Harmonia.

Geddoe

Chris Lightfellow

Hugo

A diferença dessa vez será a escolha do herói definitivo escolhido somente no decorrer do jogo assumindo assim o manto do personagem escolhido. O personagem escolhido assume a ‘True Fire Rune’ e o poder para lutar contra os vilões Luc (de Suikoden I e II), Yuber e Sarah.

Além dos três personagens já citados, o jogo também permite controlar o jovem Thomas, ‘dono’ do castelo que irá proteger seu exército, e se conseguir pegar os 108 personagens, pode também controlar Luc e seus aliados tendo acesso assim, a mais um ponto de vista da história.

KONAMI MUDA PARA 3D E MUDA O SISTEMA DE COMBATE

Em Suikoden I e II o jogo se baseava totalmente em 2D além de mapas cheios de detalhes. Em Suikoden III o mundo é visto totalmente em 3D o que possibilita vermos heróis extremamente charmosos e requintados, ficando entre o sério e o caricato.

A câmera fixa controla a liberdade que era oferecida ao jogador nas velhas edições, movimentando-se mais comumente pelos cenários. Essa função trouxe uma tremenda dor de cabeça, confundindo os ângulos de visão repentinamente, sendo esse um ponto crítico do jogo. Conheça o jogo logo abaixo…

Apesar desse pequeno contratempo, os visuais das magias atuando sobre os elementos foram reforçados graças a a estrutura tridimensional, ganhando dimensões completamente novas em relação ao que foi visto nos capítulo I e II.  Outro ponto importante a se destacar é a trilha sonora,  um ponto forte do jogo e bombardeia o jogador com uma trilha dura de se esquecer.

AS DIFERENÇAS SERÃO RESOLVIDAS 

No campo de batalha é que testemunhamos as principais alterações na saga. Suikoden III introduz um formato de batalha batizado Trinity Sogh System, que deixa o jogador acompanhar o rumo da batalha através dos olhos de um dos personagens do grupo, que é escolhido logo no começo do capítulo. Desse modo, as experiências vividas pelos guerreiros se cruzam, influenciando a história  um do outro, mesmo assim evitando um final diferente, porque o progresso é linear.

O sistema de combate é complexo e exige um pensamento mais estratégico, mantendo um batalhão inteiro de heróis e vilões se movimentando ao mesmo tempo, ao invés de ficarem estáticos esperando o momento de agir.

Durante a batalha apenas dois personagens poderão ser controlado, um deles na linha de frente e outro na cobertura. Completando a lista de aperfeiçoamentos práticos, será possível montar parcerias inusitadas entre personagens humanos e animais, estes últimos podendo muito bem substituir qualquer camarada que venha a ser derrotado na batalha. Imagine só, a opção de se equipar e fortalecer seus animais para participar de ataques independentes.

[review]

Conclusão

Suikoden 3 é um daqueles RPG feito para quem realmente é fã do gênero e precisa de tempo e muita paciência para chegar num bom final. O desafio de encontrar todos 108 guerreiros já vale a diversão. Cada decisão tomada ou não vai afetar o final da história e a busca por todos personagens.

Claro que na época a comparação com os jogos da Square foram inevitáveis, mas havia um pequeno problema que distanciava as franquias. Durante o jogo percebe-se uma ausência muito grande de  diálogos falados, a movimentação quase nula da boca dos personagens, uma falta de trilha sonora dramática durante as longas conversas e demora para o desenrolar do texto.

Contudo, Suikoden III ainda tem na prateleira de qualquer colecionador um espaço especial como um dos melhores RPGs do Playstation 2.

Claudio Santos

Designer gráfico, gamer, retrogamer e formado em TI. Editor e criador das revistas "UltraJovem, GameOver, entre outras. Fã de bons games, anime, quadrinhos, filmes e séries. Detonando atualmente Xenoblade 2 e GranTurismo Sport.

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Um Comentário

  1. Eita ferro… RPG que dá saudade… Eu escutei a uns anos que a Konami tinha dispensado todo o time que produzia o Suikoden ou algo assim. Me lembro de ter ficado chateado, mas fazer o que? Hoje em dia o mercado é muito diferente. O que mais parece dar lucro são jogos de mão, navegador ou de categoria AAA em geral.

    Ainda torso pelo retorno da saga, mas temo que se ocorrer, não será da forma como queremos… talvez apenas como algo ‘comemorativo’, num game de cartas para celular, ou coisa do tipo. Eu não me importaria de jogar um novo Suikoden, nem que ele fosse nos moldes de Grandia do PS1. Se ele fosse longo, com uma historia foda, tivesse inúmeras escolhas para se fazer e desse para recrutar uma cambada de gente no processo (uns 500 :/), pra mim já tava bom demais! Mas sei que é provavelmente impossível, já que a galera da Mimimi-Gráficos.Ltda iria descer o pau na desenvolvedora sem dó e nem piedade.

    Ufa… Desabafei…

    Só pra terminar… Grande site man! Eu ainda tenho minhas Ultra Jovens antigas guardadas dá época que a saga do Cell do Dragon Ball Z no Band Kids era novidade. Muito foda o trabalho de vocês, lembro que meu irmão e eu até mandamos um desenho nosso pra vocês pelo correio, kkk… Grande abraço.

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