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ULTRAMAN 2019

Netflix traz a nova versão do maior herói do japão

Há algum tempo, o time Ultrajovem anunciou que estava preparando um material especial sobre as séries clássicas de Ultraman, mas neste começo de abril de 2019, fomos obrigados a mexer em nosso cronograma. A estreia da nova versão de Ultraman já era (muito) esperada, mas a adaptação para animação do mangá escrito por Eiichi Shimizu e desenhado por Tomohiro Shimoguchi surpreendeu tanto que  resolvemos mudar a ordem em que os especiais seriam apresentados.

Remake ou Reboot?

Não se trata de um remake nem de um reboot da série tokusatsu Ultraman criada por Eiji Tsuburaya, que foi ao ar pela primeira vez em 17 de julho de 1966 pela rede japonesa TBS. O anime adaptado pela Netflix é uma continuação da série original, trazendo alguns de seus personagens clássicos e introduzindo uma nova versão do herói, remodelada para os tempos atuais.

O anime

A produção segue a forte tendência atual de mesclar animações  2D e 3D, tendência essa que tem produzido alguns sucessos como o recente filme “Homem-Aranha no Aranhaverso”. As lutas de monstros de borracha e atores fantasiados entre maquetes de prédios e casas deu lugar a um aprimorado trabalho de CGI.

As cenas de ação foram gravadas com atores reais em motion capture (“mocap”), depois as tomadas  trabalhadas no computador e misturadas a um desenho animado com estilo próprio dos animes japoneses. Isso terminou por entregar batalhas realísticas e bem coreografadas, dignas do cinema de ação atual.

O novo Ultraman

Ao final da série clássica, Ultraman é derrotado pelo alien Zetton e retorna para seu planeta natal. Antes de ir embora, Ultraman desfez a fusão que tinha com Shin Hayata, membro da Patrulha Científica com o qual ele se fundiu após um acidente. Esta fusão permitiu que Ultraman vivesse escondido na Terra e estivesse sempre de prontidão para defender o planeta de ameaças ou invasores espaciais.

Com a dissolução da fusão, Hayata volta a ser um humano normal, porém sem memórias do período de quando era o Ultraman. O gigante de Luz deixa na Terra um legado de paz. E não foi só isso. Anos depois, Hayata percebe que ele e seu filho Shinjiro, concebido após a partida do herói, possuem poderes e habilidades incomuns. Habilidades estas resultantes do DNA do Ultraman que ainda encontra-se misturado em seu código genético.

Hayata, agora ministro da defesa do Japão, procura Ide, um velho amigo que ainda trabalha ligado a antiga Patrulha Cientifica, para contar sobre as suas habilidades e revelar o fato que ele era o Ultraman.

Para surpresa de Hayata, Ide conta que ele e os outros membros do antigo grupo já sabiam do fato e que a Patrulha ainda funcionava, agora como uma agência secreta atuante na interação entre humanos e alienígenas que anonimamente vivem na Terra. Ide também diz a Hayata que novas ameças espaciais estão vindo para o nosso planeta e que a Patrulha está preparando uma nova defesa.

Shinjiro, filho de Hayata, cresce e com isso seus poderes especiais vão ficando cada vez mais evidentes, chamando a atenção do alien Bemlar, um velho e conhecido inimigo do Ultraman original. Bemlar, que já tinha planos para atacar a Terra resolve se livrar de Shinjiro, quando algo inesperado acontece. Um poder incrível aparece. Fruto da mistura do DNA existente no corpo de Hayata e Shinjiro com uma tecnologia extraterreste mantida em segredo até o momento.

Um novo Ultraman surge em uma forma repaginada e avançada. E as novidades não param por ai…

Opinião de Fã

Na Década de 70, assisti Ultraman e as séries derivadas que vieram para o Brasil (Ultraseven e o Regresso de Ultraman) e as que não vieram também (Ace, Tarou, Leo e Eigthy). Fiquei muito emocionado quando vi o anuncio da publicação de um mangá em 2011 continuando a estória do Ultraman original. Pensei comigo: – Se saiu um mangá, logo logo pode sair um anime! Essa esperança se concretizou com o anuncio de uma série animada na Netflix, por volta de uns 2 anos atrás. Desde esse momento aguardei a estreia com muita ansiedade.

Estreou! Assisti tudo de uma vez, maratonando, como dizem. Adorei! – “Ah, mas é CG”, dizem muitos. Achei que ficou ótimo. A mistura das cenas de ação em CG com a animação foi um bom casamento. As lutas “realísticas” e cheias de ação, com movimentos perfeitos agradou ao paladar deste chato aqui que chiou muito no primeiro movie de Final Fantasy: The Spirits Within, mas que adorou o trabalho feito em Kingsglaive: Final Fantasy XV. O CGI e o Motion Capture vieram para ficar.

O roteiro é bem escrito, trouxeram “explicações” criveis e atualizaram um personagem de 53 anos para uma geração que sequer deve ter ouvido falar de Ultraman. A animação é repleta de referências e nomes que agradam em cheio os fãs mais ardorosos. Enfim, um grande trabalho. Tem o selo Ultrajovem de qualidade!. Assistam!

https://youtu.be/NjagPIQ94HM

Glauco De Bellis

Um eterno e curioso pesquisador. Técnico em eletrônica e astrólogo de formação. Designer gráfico e diagramador. Um dos membros originais da equipe de produção da revista Ultrajovem. Apaixonado por tecnologia desenho, quadrinhos, animação, cinema e vídeo. Astrônomo amador nas horas vagas!

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