ANIMEREVIEW ANIMESÉRIES_ANIME

Zillion, o clássico faz 30 anos! – Review

Com o nome de Red Photon Zillion (Akai Kodan Jirion) a série conhecida por aqui como Zillion, é um anime estilo Sci-Fi que estreou em abril 1987 na Nippon Television no Japão, Brasil em 1988 e foi produzido pela Tatsunoko Production em parceria com a Sega. Ganhador de diversos prêmios, o anime fez um grande sucesso nos anos 80.

Originalmente, o anime foi produzido inicialmente para ajudar na divulgação e vendas dos brinquedos e jogos da SEGA. Entre os jogos lançados, temos a versão para o Master System (que falaremos posteriormente), que foi considerado um excelente jogo na época.

Já o brinquedo, era uma reprodução da pistola do anime e permitia através de um sensor criarmos uma espécie de Paintball eletrônico.


A série teve 31 episódios e um especial em vídeo chamado “Zillion: Burning Night” com 50 minutos de duração. Nesse especial, vimos uma história alternativa, onde o Chefe Gordon é dono de uma boate e sua banda é composta por Champ no contrabaixo, Apple no vocal, J.J na guitarra, Deble na bateria e Amy nos teclados.
Uma história sem qualquer ligação com a cronologia da série, Burning Night foi lançado em junho de 1988 e claro foi um sucesso, tornando-se o oitavo título mais vendido naquele ano.

A História

No futuro, raça humana se espalha pelo universo e colonizou planetas com sistemas semelhantes a Terra. Por volta de 2387 um planeta se torna uma das melhores colônias da humanidade, o planeta Maris ou mais Terra II.  Localizado na Via Láctea, Maris foi o lar de uma antiga civilização há muito desaparecida, cuja capital chamava-se Zillios e localizava-se perto das montanhas no polo sul.

Os humanos desenvolveram grandes cidades em Maris, e a principal capital humana é chamada de Hope, onde encontramos o quartel-general do exército de Maris. Apesar de tudo, a colônia corre perigo e sofre com o cerco e ataque de uma raça alienígena guerreira vinda de sistemas bem distantes, o Império Noza.

O objetivo do Império é exterminar toda raça humana e tomar o planeta.  Aparentemente invencíveis, os Nozas não têm dificuldades contra a Força de Defesa de Maris e seu fraco armamento. Com parte do planeta já tomado pelo inimigo, os humanos já perdem suas esperanças diante do poder que enfrentam. Contudo, surge um trio de pistolas vindas misteriosamente do espaço, que disparam um feixe de energia vermelho capaz de destruir os guerreiros Nozas instantaneamente.

Essas armas são denominadas de “Zillion Weapon System”, feitas a partir de “Zillium”, uma substância misteriosa e hermeticamente selada. Dessa forma, não pode ser analisada, criada ou reproduzida sendo insubstituível. A pistola Zillion torna-se então, a arma mais poderosa da raça humana onde apenas com um tiro é capaz de desintegrar o inimigo. Com as armas em mãos, uma equipe de elite é formada para enfrentar os Nozas e forma-se então os “White-Knights” (Os Cavaleiros Brancos).

A história acaba chegando num dilema onde vemos duas espécies lutando pelo mesmo motivo, sobrevivência. Cada lado com sua razão, justificativa e modo de agir coloca o fã diante de um momento especial quando vê a Zillion tomando vontade própria em pleno combate. Não querendo dar “spoliers” posso dizer que o final é surpreendente mesmo.

A equipe White Knight

[table id=9 /] [table id=10 /]

Os Inimigos

A raça alienígena Noza tem um poderoso exército. Seus guerreiros são fortes, velozes e possuem uma tecnologia muito superior a humana. Resistente ao fraco armamento humano, os guerreiros não demonstram emoções ou qualquer piedade com o inimigo.

O exército Noza é comandado pela Imperadora Adamiss, responsável pela nova geração de sua raça. Afim de cumprir a tradição de expansão de sua raça, cuida dos ovos responsáveis pela reprodução dos Nozas. Dessa forma, precisa desesperadamente conquistar o planeta Maris atrás de seus recursos para garantir o nascimento da nova geração. Os guerreiros invasores têm apenas três meses para conquistar Maris e pela sobrevivência, o combate fica mais intenso. Os principais guerreiros são:

[table id=13 /]

Acabou antes da hora

No decorrer do projeto, apareceram alguns problemas envolvendo a produtora Tatsunoko e a Sega, tratava-se de reivindicação de direitos autorais da produtora. Assim,  a produção foi encerrada com apenas 31 embora tivessem 52 programados. Os fãs podem chorar pois tinha sim muito mais história para contar. Isso fica claro quando vemos o último episódio, aquele não parecia o fim de tudo. Vale lembrar que nem os prêmios Atom dado no Japão para essas obras serviu como argumento para que a série continuasse.

Zillion ganhou prêmios nas categorias melhor série de 1987, melhor personagem masculino para JJ e melhor personagem feminino para Apple.

Então, talvez como um tapa-buraco ou para aliviar aquela situação chata entre os fãs, foi lançado no ano seguinte um OVA (animação para o mercado de vídeo) chamada Burning Night como citamos acima. Esse OVA mostrou que Zillion ainda tinha força no mercado e tornou-se o oitavo título de vídeo mais vendido de 1988 no Japão, mas fechou assim todos trabalhos com a série.


Uma pena, pois essa série merecia muito mais. Um Cult que recomendo a todos que gostam de anime e querem conhecer um dos melhores que foi exibido na década de 80.

Palavras de um fã

Naquele tempo (década de 80 e 90) assistir um anime, ser fã e querer seguir uma série era uma aventura. Sem a internet e as facilidades dos fanssuber nós fãs estávamos a mercê da baderna que era a exibição no Brasil. A Tec Toy com seu console Master System fazendo sucesso por aqui, aproveitou o gancho dos japoneses e promoveu a série lançou os jogos e a pistola.

Exibido inicialmente na Globo (1988) nos domingos de manhã, ganhou seus fãs que como sempre, ficaram na mão. A emissora carioca como sempre fez não respeitava horários trocando diversas vezes e exibia alguns episódios fora de ordem. Para ter ideia do tamanho da bagunça, o último episódio eu consegui assistir numa madrugada pois a Globo usou o episódio como tapa-buraco do horário.

Fora do ar e sem contrato de exibição, Zillion foi parar na TV Gazeta e lá os fãs tiveram um tratamento digno. Tanto a abertura, o final e todos episódios foram exibidos na integra e na ordem.

Abertura

Eu não poderia falar de Zillion aqui na UltraJovem, sem abrir um espaço para o incrível trabalho de dublagem do anime. A versão brasileira foi feita pela Álamo, que também dublava diversos tokusatsu exibidos por aqui na época.

Entre as vozes conhecidas do público fã de animes temos Carlos Laranjeira como JJ (Jiban), Felipe Camarão como Champ (Machine Man) e Rita Cleoci como Apple (A Feiticeira). Entre os outros personagens temos também Nelson Machado (Quico de Chaves), Gilberto Barolli (Cavaleiros), Cristina Rodrigues (Flash) e Mário Vilella (seu Barriga). O trabalho dessa equipe foi sensacional, fica aqui meus parabéns para todos…

Final

No Brasil, Zillion foi um anime que abriu os olhos dos distribuidores e teve além da obra exibida, uma série de produtos lançados como revistas, camisetas, álbum de figurinhas entre outros. Se você viu essa obra fica aqui minha matéria relembrando Zillion para sua alegria.

Para quem não viu, eu recomendo assistir pois tanto a história, os personagens como a trilha sonora são inesquecíveis. Tente perguntar para um fã de Zillion se ele não se lembra das músicas e trilhas de combate da série, inesquecível.

Acompanhando todos capítulos

[table id=8 /]

Clássico - Recomendado!

História - 8
Personagens - 9
Trilha Sonora - 9
Diversão - 9

8.8

Um dos melhores animes da década de 80!

Para quem não viu, fica minha forte recomendação pois aqui temos uma boa história, personagens marcantes e uma trilha sonora inesquecíveis. Tente perguntar para um fã de Zillion se ele não se lembra das músicas e trilhas de combate da série, inesquecível.

User Rating: 4.2 ( 1 votes)

Claudio Santos

Designer gráfico, gamer, retrogamer e formado em TI. Editor e criador das revistas "UltraJovem, GameOver, entre outras. Fã de bons games, anime, quadrinhos, filmes e séries. Detonando atualmente Xenoblade 2 e GranTurismo Sport.

Artigos relacionados

Um Comentário

  1. Claudio Santos muito obrigado, nem todo heróiusa capa!! Akai Kodan Zillion foi o primeiro ou uns dos primeiros animes que assisti e que me incentivou e muito a me apaixonar pela cultura japonesa. Não parei de ver anime desde então, hoje quarentão e feliz de ter visto Akira, Evangelion, os clássicos Glibi, as sagas de Saint Seya, DBZ, Naruto e acompanho One Piece! Mas até hoje ainda acho a abertura e encerramento de Zillion fantásticas, “Pure Stone” de Risa Yuuki me emociona, pena não ter encontrado um vídeo com ela cantando ao vivo como tive o prazer de ver Yoko Takahashi cantando Zankoku na Tenshi no These de Evangelion… Quem quiser matar a saudade de Zillion e relembrar procurem por Akai Koudan no Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo