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Scryed, explodem os poderes dos Alters! – Review

Scryed ou s-CRY-ed é uma produção caprichada da Sunrise, lançada em 2001 com 26 episódios exibida no Brasil em 2005. A série foi equiparada a outros sucessos, como Trigun e Cowboy Bebop, sendo, no ano que passou no Japão (2001), um dos animes de maior audiência da TV japonesa, só ficou atrás de produções tradicionais e outras recentes que já ganharam forte projeção: Shaman King, Inuyasha, Detetive Conan etc.

PRODUÇÃO DE RESPEITO

Embora um pouco esquecido pelo público brasileiro, o anime criado por Yosuke Kuroda (Trigun, Tenchi Muyo) com parceria de Yasunari Toda (Giant Robot, Gundan Seed) e tem na sua direção Goroh Taniguchi que presenteou o público com Gasaraki e Rei dos Bravos Gaogaiger, também da Sunrise.  Ou seja, um time de peso na produção.

Falando em Trigun, Scryed nos lembra as aventuras de Vash, the Stampede em algumas situações, a começar pela capacidade do herói principal, Kazuma, que também pode transformar o seu braço em uma arma mortal, a fim de vencer os seus oponentes. Para os fãs da revista UltraJovem, vale lembrar que publicamos uma matéria na edição 15 e um pôster na edição extra 14.

 

OS PERSONAGENS

As habilidades dos Manipuladores Alters são incrivelmente distintas, variando de um indíviduo para outro. Cada qual esconde um poder que desafia as leis da física, mostrando-se capazes de desintegrar matéria e reintegrá-la de acordo com suas vontades. Kazuma, Ryuhou e Mimori são o trio central de Scryed e mergulham no cenário caótico e violento de Lost Ground.

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A HISTÓRIA E UMA TERRA PERDIDA

Um enorme desastre atinge o Japão, separando uma seção de Tóquio em uma nova ilha, conhecida como “Lost Ground”. O desastre também provoca 1% dos bebês nascidos lá para desenvolver superpotências.Conhecido como Lost Ground, agora é habitado por pessoas com extensões Alters-machine-like de sua própria vontade.

Para manter a paz no Lost Ground, a organização HOLY usa seus próprios capacitadores Alter para policiar a região. No meio do caos é um jovem chamado Kazuma, cuja vida em breve irá mudar para sempre enquanto descobre suas habilidades escondidas e como exercitá-las.

 

Há 22 anos, em uma data  incerta do século XXI do mundo que conhecemos, um enorme desastre atinge o Japão, separando uma parte de Tóquio em uma nova ilha, conhecida como “Lost Ground”.

Mudanças ambientais ocorreram por todo o planeta Terra mas no Japão, esse acontecimento trouxe à tona uma região que ficou conhecida como Lost Ground.

Considerado um domínio independente de 30 km, que começou a ser habitado pelos Alters, seres humanos paranormais nascidos deste evento singular, que são obrigados a continuar nesta área devido a uma lei de preservação baixada pelo governo atual.

E é assim, num ambiente conturbado, dividido social e politicamente, que Scryed inicia sua história.

COMBATES ALÉM DAS FRONTEIRAS

No universo de Scryed, os personagens são divididos em Inners e Alters. A primeira designação se refere às pessoas que levam as suas vidas nas terras selvagens, incluindo paranormais e indivíduos comuns, agindo de acordo com suas próprias convicções. Os Alters são paranormais que atuam pela HOLY, constituindo a atual elite. Antigamente, eram Alters Nativos exatamente iguais aos que caçam nos dias de hoje.

Scryed começa com Kazuma, um explosivo habitante das regiões selvagens de Lost Ground, resgatando o diretor da HOLD, uma força especial encarregada de manter a ordem nas cidades, com o simples objetivo de faturar alguns trocados e não passar fome.

Decidido, nada hesitante e com muita coragem, Kazuma é um sobrevivente que encontra em Kanami Yuta (menininha que protege), o seu referencial de realidade, visto que todos aqueles que possuem poderes Alter são observados com desconfiança.

PODER E CONTROLE

As experiências de Kanami com Kazuma são divididas  através de seus sonhos. Os Manipuladores Alters representam 1% da população do Japão e, para lidar com os problemas freqüentemente causados por eles, a organização HOLY é integrada por paranormais, que controlam seus semelhantes não “associados”, ou seja, habitantes das fronteiras afastadas das grandes metrópoles.

De fato, o que acontece, é que os Manipuladores Alters que não se aliam a HOLY acabam sofrendo perseguição da organização estabelecida pelo governo, resultando em vários confrontos nas terras selvagens. Não há muita distinção entre os Manipuladores que operam a partir de HOLY, daqueles que vivem à margem da organização, pois ambos trabalham em função de dinheiro por seus serviços, com uns poucos Alters encrenqueiros criando má fama para grande parte de seus iguais.


Entretanto, o simples fato de não se submeter ao comando HOLY é suficiente para que os Manipuladores Alters das terras selvagens sejam vistos como uma ameaça às pessoas normais. Aqui, surge uma grande contradição que, de uma maneira geral, estrutura a trama que predomina em Scryed: as intenções da organização não são tão exemplares quanto parecem, porque ela governa com mão-de-ferro, sem oferecer muita opção às pessoas que jurou proteger.

CONSIDERAÇÕES

Que saudades da velha Locomotion e Animax. Scryed foi exibido com uma dublagem muito bem-feita e num canal dedicado a animes que hoje faz muita falta.

Com um enredo que mais uma vez (clichê) trata de uma sociedade dividida entre os que “dominam” e os “não aceitos”, Scryed lembra pode até te lembrar vagamente uma história conhecida de um grupo de mutantes da Marvel, mas muito vagamente. Contudo, as constantes batalhas entre Ryuhou e Kazuma são muito bacanas.

O anime bem no estilo da década de 90 foi exibido numa época pós Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco e pelo menos no Japão sucesso.  Scryed vem com uma arte pouco rebuscada e com uma trilha sonora interessante (as músicas de abertura e final mostram bem o que digo) (veja abaixo).

ABERTURA e FINAL

 

Ficha Técnica

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Uma dica: A Sunrise lançou um especial em 2 partes (bluray)  que recompila os 26 episódios chamado “Scryed Alteration”.

Os especiais chamam-se Scryed Alteration TAO e o segundo Scryed Alteration Quan.


 

RECOMENDADO!

História - 7
Personagens - 8
Trilha Sonora - 8
Diversão - 9

8

Saudades da boa e velha Locomotion

Não é um anime obrigatório, mas bem recomendado pois a diversão está garantida nos 26 episódios.

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Claudio Santos

Designer gráfico, gamer, retrogamer e formado em TI. Editor e criador das revistas "UltraJovem, GameOver, entre outras. Fã de bons games, anime, quadrinhos, filmes e séries. Detonando atualmente Xenoblade 2 e GranTurismo Sport.

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